A resolução de problemas faz parte da nossa vida. Todos os dias somos chamados a resolver inúmeros problemas e fazemo-lo sem nos darmos conta. Quando nos surge um obstáculo, rapidamente pensamos em diferentes alternativas que poderão ser a solução para o resolvermos ou contornarmos. A capacidade para resolver problemas é uma das competências mais procuradas pelas empresas nos seus colaboradores. Significa que têm pessoas que, perante uma adversidade, não bloqueiam e conseguem chegar a uma solução com relativa tranquilidade.
Uma das principais tarefas dos gestores e técnicos é identificar problemas e resolvê-los. Para tal, um dos aspetos fundamentais é ter confiança nas suas próprias capacidades e na capacidade da sua equipa. Essa capacidade pode advir de características inatas da pessoa, mas muitas vezes provém da existência de um bom processo com o qual podemos abordar o problema. Com um modelo podemos resolver os problemas de forma rápida e eficiente. Sem ele, as soluções poderão ser ineficientes, gerando por vezes consequências bastante impactantes.
Existem quatro passos fundamentais para resolver um problema:
Para além desta abordagem simplista, existem outros modelos mais ou menos complexos que nos ajudam a abordar o problema de uma forma sistemática. Focar-se num processo ou numa abordagem ajuda, porque, desde logo, o colaborador deixa de estar a pensar no problema em si e começa de imediato a focar-se no processo de resolução.
Os processos de consultoria da PwC são, na sua maioria, processos de resolução de problemas para clientes. O problema existe sempre no início de qualquer trabalho. O Issues Based Problem Solving é um dos modelos mais usados neste tipo de projetos, e este é o modelo que hoje partilhamos consigo nesta rubrica.
IBPS pode ser utilizado numa vasto leque de situações:
A capacidade para resolver problemas é uma das competências mais procuradas pelas empresas (...). Com um modelo podemos resolver os problemas de forma rápida e eficiente. Sem ele, as soluções poderão ser ineficientes, gerando por vezes consequências bastante impactantes.
Fase 1
Definir o problema
Pergunte a si mesmo “e então?” para se certificar de que definiu o problema certo. Certifique-se de que todas as partes interessadas concordam com a definição do problema. A definição do problema deve ser rica em conteúdo, focada na ação e centrada no cliente.
Fase 2
Problema
Use a equipa para gerar uma seleção mais ampla de problemas. Repetir o processo para garantir que considerou a hipótese relevante. Use 'lentes' para garantir que irá visualizar sem lacunas/sem sobreposições. Esta é a fase em que se desenha a árvore de problemas.
Definição do problema | |||||
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Problemas/ hipóteses 1 | Problemas/ hipóteses 2 | Problemas/ hipóteses 3 | |||
Parte do problema | Parte do problema | Parte do problema | Parte do problema | Parte do problema | Parte do problema |
Fase 3
Análise
Ao projetar o plano de trabalho, encontrarmos os principais impulsionadores e estabelecemos vitórias pequenas – pense 80/20. Ao analisar, tente mantê-lo tão simples quanto possível.
Fase 4
Solução
Pense em soluções. Escolha uma solução e pergunte “E então?” e desafie o “E então?” enquanto equipa. Use técnicas criativas.
Fase 5
Impacto
Conheça o seu cliente. Coloque-se no lugar do cliente, adeque-se ao objetivo e ao ambiente.
Sandra Pinheiro, Manager da PwC