Condição Atual

Quanto tempo conseguirá o Aeroporto de Lisboa sobreviver na condição atual, sem prejudicar o turismo do país, acumulando a função de principal HUB nacional?


O Aeroporto de Lisboa é o principal aeroporto nacional. Movimentou em 2017 cerca de 26,66 milhões de passageiros registando um crescimento de 18,8% em relação a 2016.

Em média o aeroporto de Lisboa cresceu a um ritmo de 10,7 % ao ano nos últimos 5 anos e a um ritmo anual de 7% nos últimos 10 anos.

O Aeroporto Humberto Delgado é o principal eixo de conexão com os restantes aeroportos nacionais, não só nos arquipélagos, mas também com Faro e Porto.

O Aeroporto de Lisboa é também a base da companhia aérea nacional TAP e o HUB da operação desta companhia para a América do Sul, América do Norte e África.

O papel de HUB implica necessidades logísticas próprias que facilitem a mobilidade dos passageiros e bagagens nas operações de conexão. Vítor Costa do Turismo de Lisboa estimava em Dezembro de 2017 que apenas 25% dos passageiros do HUB ficam no destino turístico.

O Aeroporto de Lisboa não foi projetado para esta função nem para este nível de atividade.

Dado o atraso na decisão sobre um novo Aeroporto de Lisboa, a infraestrutura atual tem vindo a dar resposta a este crescimento com contínuos trabalhos visando o aumento da sua capacidade, mas que podem não dar resposta suficiente a essa função, dadas as limitações de espaço e do próprio projeto de expansão em diferentes fases e timings.

Embora não exista nenhum “prazo de validade” do Aeroporto de Lisboa, projeta-se que mantendo o crescimento atual, o ano indicado para conclusão da nova infraestrutura (2022) poderá já ser em cima do limite. Com o atraso expectável, 2023 pode representar uma data tarde demais.

Tendo em conta a dependência atual da economia nacional do Turismo, e a dependência do Turismo nacional do Aeroporto de Lisboa, e prevendo-se que a procura pelos operadores de transporte aéreo para este aeroporto continue a crescer, que a operação HUB pela TAP cresça, em resultado da integração no seu capital de acionistas que podem potenciar a referida operação quer na América do Sul (Brasil), América do Norte (EUA) e Ásia (China), é urgente concretizar uma solução. Essa solução terá que dotar Lisboa de uma capacidade de resposta em termos aeroportuários que assegure a sustentabilidade do crescimento do tráfego aéreo e do Turismo e que permita criar condições para responder à função de HUB do Aeroporto Humberto Delgado.

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Hugo  Miguel Dias

Hugo Miguel Dias

Assurance and PwC´s Academy Partner, PwC Portugal

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