IFRS Update Newsletter – 23ª Edição

Apesar de 2022 parecer um ano “calmo” no que se refere à obrigação de adotar novas IFRS ou alterações às IFRS já existentes, para a generalidade dos preparadores de informação financeira em IFRS, existem sectores como o dos seguros, para os quais o processo de implementação da IFRS 17 está a ser um grande desafio não só do ponto de vista contabilístico mas também tecnológico, e com grande pressão por parte dos reguladores para a divulgação dos impactos da transição, no relato financeiro de 31 de dezembro de 2022.

Mas os impactos a considerar no relato financeiro vão para além da adoção de novas IFRS ou alterações às existentes. Neste primeiro semestre de 2022, à conjuntura económica que resultou do período de 2 anos da pandemia da COVID-19 é preciso adicionar os impactos do conflito na Ucrânia, os quais estão a ter repercussões relevantes na preparação da informação financeira, em particular nos ajustamentos e estimativas a efetuar pela gestão.

No relato intercalar de 2022, e quando se traduzam em alterações relevantes face ao exercício anterior, é necessário incluir narrativas sobre os impactos das situações referidas, as quais podem afetar o nível de funcionamento da cadeia de valor, os preços das matérias-primas, a disponibilidade de mão-de-obra e dar origem a potenciais imparidades de ativos financeiros e não financeiros.

No entanto, os desafios não ficam por aqui, e as alterações climáticas são outro “tema quente” em 2022, estando a ser dados os primeiros passos para a preparação de normativos relativos às divulgações de matérias de ESG – Environmental, Social and Governance, pelo ISSB – ‘International sustainability standards board’, o qual publicou, em 31 de março de 2022, o Exposure draft “IFRS S2 Climate-related Disclosures” (“IFRS S2”).

Embora a IFRS S2 se encontre publicada em draft, em período de consulta pública e sujeita a revisão, o IASB considera que para efeitos de classificação, mensuração e divulgação dos impactos contabilísticos das alterações climáticas nas demonstrações financeiras preparadas de acordo com as IFRS, os normativos em vigor permitem dar uma resposta adequada

As alterações às IFRS publicadas recentemente correspondem, à exceção da IFRS 17 já referida, a situações pontuais de melhoria, resultantes: i) de questões colocadas por preparadores / investidores; ii) da sua preocupação de prestar informação relevante; e iii) da eliminação de inconsistências identificadas pelo IASB.

Rui Duarte, Presidente do Comité Técnico da PwC Portugal

“O relato financeiro intercalar de 2022 deverá ser afetado pela conjuntura económica e geopolítica, a qual tem tido repercussões significativas no desenvolvimento da atividade das empresas nos mais diversos setores a nível nacional e internacional, mas para os quais o IASB considera que as IFRS em vigor providenciam um enquadramento e tratamento contabilístico adequado.”

Rui Duarte,Presidente do Comité Técnico da PwC Portugal


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“A IFRS 17 encontra-se na fase crucial da sua adoção, embora esteja circunscrita a um sector de atividade, o dos seguros.”

Rui Duarte, Presidente do Comité Técnico da PwC Portugal

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Ana  Lopes

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