20/11/23
Com este objetivo, temos vindo a desenhar uma estratégia de I&D que, entre muitos outros aspetos, privilegia o papel da empresa, ou seja, o nosso, enquanto promotora e agente de sensibilização para diferentes temas, entre eles, a neurodiversidade, a diversidade étnica/racial, a identidade de género e orientação sexual, a integração de pessoas com deficiência, entre tantos outros aspetos de relevância e que temos optado por discutir e falar em equipa, como tudo o que se faz na PwC.
É assim que surge uma sessão recente, realizada no âmbito do dia 1 de outubro (Dia Internacional da Pessoa Idosa), e que versou sobre o conceito de “idadismo”. Neste contexto, o nosso objetivo passou por debater este tema com profissionais experientes e partilhar dados relevantes com os nossos colaboradores, de modo a sensibilizar e colmatar qualquer eventual desconhecimento sobre como combater, ou não perpetuar, situações de intolerância e preconceito relacionadas com a idade.
“O idadismo surge quando a idade é utilizada para categorizar os indivíduos, num formato que muitas vezes gera desvantagens e/ou injustiças. Este é, sem dúvida, um fenómeno que tem sérias consequências para a saúde e bem-estar, sendo também um aspeto que merece reflexão em contexto laboral. Por isso, na PwC, trabalhamos, todos os dias, no sentido de criar e promover um ambiente de trabalho onde as particularidades de cada um sejam valorizadas e onde a diversidade seja vista como uma vantagem. Para tal, é preciso abordar estes temas, promovendo iniciativas de respeito pelos direitos humanos, nomeadamente sobre inclusão social e não discriminação, que permitam, em primeiro lugar, criar o awareness necessário para dar os próximos passos.”
Connosco, atendendo a estes nossos objetivos, tivemos a oportunidade de ter, como oradores: Arminda Lima dos Reis (Vice-Presidente da Associação Cabo-verdiana para Apoio à Terceira Idade – ACATI); Maria Antónia Cadilhe (Investigadora na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e Docente convidada na Porto Business School e Nova School of Business and Economics) e Marcelino Pintinho (Diretor da Escola Nacional de Protecção Civil e Bombeiros e Professor nas Universidades Jean Piaget de Angola, Privada de Angola e do Instituto Superior Politécnico Internacional de Angola). Foi com estes convidados e com a colaboração da consultora Diversity & Inclusion Journey que colocámos este tema em discussão. Neste artigo trazemos algumas conclusões relevantes sobre esta sessão, bem como aspetos que exigem a atenção das empresas da atualidade.
Como sabemos, o envelhecimento populacional apresenta implicações importantes para todos os domínios da sociedade, sendo a idade e, em particular, o denominado “idadismo”, um conceito que tem merecido discussão e análise nos tempos mais recentes. Segundo o Relatório Mundial sobre este tema, conduzido pela OMS, “o idadismo refere-se a estereótipos (como pensamos), preconceitos (como nos sentimos) e discriminação (como agimos) direcionados às pessoas, com base na sua idade”.
Note-se que, de acordo com dados das Nações Unidas, o cenário do envelhecimento, em termos globais, mudou completamente: se em 1950 a esperança média de vida era de 46 anos, hoje em dia é de 73 anos. O crescimento estimado da população idosa nos países emergentes passou de 37 milhões em 2019 para 120 milhões em 2025, um aumento de 225%. Assim sendo, e de acordo com o PwC’s Global Workforce Hopes and Fears Survey 2022 e 2023, neste momento encontramos cinco gerações distintas a trabalhar, lado a lado, no mercado de trabalho:
- Geração Silenciosa – 1928-1945;
- Baby Boomers – 1946-1964;
- Geração X – 1965-1980;
- Geração Y (Millennials) – 1981-1997;
- Geração Z – 1998-2012 (nasceu e cresceu na era digital).
Tendo esta diversidade geracional presente, e apesar de todos os benefícios que esta possa comportar – entre ganhos de produtividade, aumento da capacidade de inovação, pluralidade de visões e outros – nascem também vários desafios, entre eles, o do idadismo.
Vivemos um estado de constante mudança, onde é exigido às Organizações maior agilidade de transformação e alinhamento com o negócio. Agarre o presente e projete o futuro com a ajuda da PwC! Subscreva a HR for business.
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Sendo o envelhecimento populacional uma realidade global, é também responsabilidade das organizações levar a cabo ações que possam mitigar o idadismo e fomentar o diálogo intergeracional, criando um ambiente onde todas as suas Pessoas se possam sentir incluídas e representadas, contribuindo para uma sociedade que valoriza todo o ciclo de vida de um indivíduo.
Refira-se o conceito de lifelong employability (um dos conceitos desconstruídos na sessão realizada), que se trata, basicamente, da formação da força de trabalho ao longo do tempo, de modo a garantir que estão preparados para as mudanças na economia, indústria e tecnologia e são capazes de se adaptar às mesmas – um upskilling contínuo, portanto. Tal pode trazer benefícios, uma vez que empresas que promovem uma cultura de aprendizagem contínua, conseguem mais facilmente reter e tirar partido dos seus talentos. Afinal, se os colaboradores sentem que o seu desenvolvimento é valorizado, compreendem as mudanças que acontecem à sua volta e o seu propósito na organização, sentem-se mais envolvidos, motivados e com vontade de permanecer e contribuir para o crescimento da mesma.
Além disso, de forma a combater o idadismo, a criação de awareness é fundamental. Tal pode ser fomentado através da realização de campanhas de consciencialização para o tema, em primeira instância, e direcionadas para preconceitos e tendências em relação à idade previamente identificadas (a análise situacional é sempre essencial para qualquer campanha de sucesso), mas também, e sobretudo, através de ações concretas como: incentivar a realização de atividades por grupos compostos por pessoas de diferentes faixas etárias, estimulando a relação entre diferentes gerações; contratar profissionais de diferentes faixas etárias, pondo de lado a ideia de que “quanto mais jovem, mais inovador”; bem como realizar relações de mentoria invertidas. Sem dúvida que a cooperação entre diferentes gerações pode permitir chegar a um melhor resultado organizacional, mais completo, inovador e criativo, uma vez que integra a pluralidade de visões e competências presentes, de diferentes formas, nas diferentes gerações.
Salientar também que na última parte desta sessão de awareness foram partilhados pelos oradores alguns learning points relevantes, em particular:
Por fim, não podemos terminar sem deixar uma palavra de incentivo a todas as empresas que possam estar agora a iniciar o seu percurso nestes temas da I&D. Estes são sempre percursos longos, continuados e desafiantes, no entanto, no fim do dia, são cruciais para manter a motivação, o sentimento de pertença e garantir um ambiente interno positivo e saudável. Assim sendo, antecipar estes processos e investir nos mesmos, será sempre uma estratégia mais séria, mais ponderada e, por isso mesmo, também mais produtiva. Que saibamos pois:
- People Analytics e Dashboards
- Programas de transformação organizacional e de gestão da mudança
- Políticas e práticas de gestão estratégica de Capital Humano (ex: Política Retributiva – tribuição de benefícios, carreiras e sucessões, formação e desenvolvimento)
- Processos de gestão estratégica de Capital Humano
- Revisão e otimização das políticas de atribuição de benefícios
- Programas de sensibilização e formação organizacional
- Diagnóstico de maturidade organizacional
- Diagnóstico de cultura organizacional
- Estudos de Clima
- Employer Branding
- Employee Experience
- Coaching de equipas e individualizado
- Programa de estratégia de sucessão e acompanhamento Pré-Reforma
* A PwC dispõe de diversas equipas especializadas que apoiam diferentes áreas da Diversidade Geracional no contexto laboral.
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