Compreenda como a equidade salarial pode tornar-se um fator de competitividade, fortalecer a reputação institucional e contribuir para a retenção de talento.
Num cenário cada vez mais competitivo, onde a valorização da diversidade se torna indispensável, a igualdade salarial deixa de ser apenas uma questão ética ou de justiça social para se afirmar como um verdadeiro diferencial estratégico. Diversos estudos demonstram que organizações que adotam políticas de equidade salarial têm maiores chances de alcançar sucesso e sustentabilidade, tanto no mercado nacional quanto internacional — e Cabo Verde não foge à regra.
A implementação de práticas salariais justas e transparentes fortalece a reputação institucional, evidencia o compromisso com valores éticos e contribui para a construção de um ambiente de trabalho mais inclusivo e coeso, onde os colaboradores se sentem reconhecidos e valorizados. Ao garantir a igualdade salarial, as organizações posicionam-se como empregadores de excelência, capazes de atrair e reter talentos qualificados.
Para que a transparência e a igualdade se tornem realidade, é fundamental que a cultura da organização apoie ativamente esses princípios, estimulando o diálogo aberto e a responsabilização em todos os níveis. Quando a liderança e os colaboradores estão alinhados com valores sólidos, como ética, transparência, inclusão e meritocracia, torna-se mais viável cultivar práticas salariais justas, criando um ambiente onde a equidade é não apenas desejada, mas efetivamente priorizada.
Na minha opinião, a falta de transparência salarial representa riscos significativos para as organizações, tanto internamente quanto externamente. No ambiente interno, pode gerar perceções de injustiça, desmotivação e quebra de confiança, afetando negativamente o clima organizacional e a retenção de talentos. Externamente, compromete a reputação institucional, especialmente num contexto em que os critérios ESG (Environmental, Social and Governance) ganham cada vez mais peso junto de investidores, clientes e parceiros. Além disso, a ausência de práticas salariais claras pode expor a organização a riscos legais, dificultando auditorias e processos de certificação.
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A desigualdade salarial é um dos principais fatores de insatisfação e desmotivação entre os colaboradores, com impacto direto no desempenho e no nível de compromisso com a organização. Em Cabo Verde, onde o mercado é relativamente pequeno, práticas salariais injustas podem rapidamente comprometer a reputação institucional, tornando as empresas menos atrativas para profissionais qualificados e dificultando a retenção dos que já fazem parte da equipa. A retenção de talento é um desafio constante no país, e a falta de equidade salarial pode acelerar a saída de colaboradores qualificados em busca de melhores oportunidades — muitas vezes fora do território nacional.
Tenho observado que várias organizações têm vindo a adotar boas práticas que contribuem de forma significativa para a promoção da igualdade salarial. Um dos exemplos relevantes é a implementação de políticas de remuneração baseadas em critérios objetivos, como competências, desempenho e responsabilidades. Esta abordagem, aliada a planos de avaliação e desenvolvimento de carreira claros e transparentes, ajuda a reduzir subjetividades e reforça o compromisso com a equidade, promovendo decisões mais justas.
Outro fator que tem demonstrado impacto positivo é a comunicação transparente sobre as faixas salariais, que fortalece a confiança interna e contribui para um ambiente de trabalho mais aberto e colaborativo.
Por fim, destaco a importância da formação contínua das lideranças em temas como diversidade e inclusão, que tem sido um diferencial relevante. Esta capacitação promove uma cultura organizacional mais justa e consciente, alinhada com os princípios ESG, e estabelece as bases para uma gestão mais ética, sustentável e orientada para o futuro.
• Revisão da estrutura de funções
• Mapeamento e avaliação das funções com critérios claros e objetivos
• Promoção de auditorias internas regulares
• Revisão de políticas de progressão e aumentos com base em mérito e critérios neutros
• Revisão dos sistemas de avaliação de desempenho e modelos de carreira
• Desenvolvimento de uma cultura organizacional orientada para a confiança e justiça
• Desenvolvimento de campanhas de comunicação interna
• Capacitação da liderança para decisões salariais justas
* A PwC dispõe de diversas equipas especializadas que apoiam diferentes áreas da Igualdade e Transparência Salarial.
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